Durante o meu período de inactividade, o Papa foi impedido de ir dar uma conferência a uma Universidade em Roma.
O pretexto é, como sempre, a laicidade das instituições e uma negação que a Igreja faz dos progressos científicos. Os contestatários são os mesmos de sempre: extrema esquerda à procura de protagonismo.
Julgo que o Papa fez bem em não ir para não se expor a polémicas. Mas de qualquer forma, é incrível onde a laicidade chega. Ou melhor, a laicidade existe apenas e só contra os católicos.
Será que se lá fosse algum Imã muçulmano as reacções seriam as mesmas? Obviamente que não. Porque hoje em dia as pessoas têm medo dos muçulmanos e tratam-nos com paninhos quentes, não vão eles ficar irritados e pôr uma bomba ou outra por aí.
Será que se lá fosse o Dalai Lama as reacções seriam as mesmas? Claro que não, porque o Dalai Lama é um defensor de isto e daquilo e até ganhou um Nobel da Paz.
Portanto, das duas uma: ou a Igreja transmite uma imagem amorfa, levando a que todos possam fazer pouco dela, ou então existem dois pesos e duas medidas quando falamos de laicidade.
Existe uma espécie de "laicidade selectiva" que apenas discrimina os católicos.
Embora não deseje mal a ninguém, gostava de ver esses laicos empedernidos com uma grave doença, à porta de um Hospital católico. O que prevalecia aí? Os ideais ou a vidinha?
PS - para quem esteja interessado, estão aqui as declarações que o Papa iria fazer nessa Universidade
ALENTEJO ALENTEJO!!
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