domingo, 27 de janeiro de 2008

As eleições nos EUA vistas em Portugal

Não sou um entendido no modo de funcionamento do sistema eleitoral dos EUA. Daí a minha relutância em escrever sobre este tema, porque detesto falar de coisas que não percebo.

No entanto, há uma coisa que já percebi: existem dois partidos (Democrata e Republicano), que neste momento elegem nos vários Estados o candidato que irão apresentar às eleições.
Portanto, há aqui uma divisão Esquerda-Direita, e cada partido escolhe os candidatos às eleições, nas "primárias" que agora decorrem.

Outra coisa que também percebi é que Obama e Clinton representam o partido Democrata, que por sua vez representa a Esquerda nos EUA.

E agora uma questão: será que o partido Republicano não apresenta candidatos nestas eleições? Pelo menos em Portugal, é isso que parece, já que todos os noticiários se referem a Obama e a Clinton, mas nunca falam dos candidatos do partido Republicano que, segundo o que sei, também tem uma série de nomes a concorrer nestas primárias.

E qual será o interesse de dar esta visão deturpada das eleições nos EUA? Será que as notícias que nos trazem pretendem influenciar a nossa opinião sobre os candidatos? Duvido que seja isso,porque deve haver poucos portugueses que votem nas eleições dos EUA...

Portanto, manifesto-me aqui contra a parcialidade da comunicação social portuguesa face ao processo eleitoral que decorre nos EUA. É que, caso ainda não tenham percebido, Obama e Clinton não vão concorrer os dois às eleições presidenciais. Representam o mesmo partido. Nas eleições a sério, irá haver um candidato de outro partido que disputará o lugar de Presidente com uma destas pessoas. Um deles, Obama ou Clinton vai ficar de fora.

E quando forem as eleições, em Portugal, nada se saberá acerca do candidato republicano. Será apenas um outsider, desconhecido da opinião pública. E isto porquê? Porque representa a Direita, e nunca interessa a ninguém que a Direita ganhe.

Este é um bom exemplo da esquerdização da sociedade. Espero que haja pessoas que pensem por si próprias, e que reconheçam que as eleições se fazem com dois candidatos, de partidos diferentes, que merecem igual respeito.

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