Os EUA vivem um estado de euforia pré-eleitoral. Nas próximas semanas vai decidir-se quem será candidato à Casa Branca. Para reduzir a escolha, realizam-se eleições primárias em cada estado.
As primárias realizadas até agora mostraram a queda de Clinton, que estava bastante bem posicionada nas sondagens.
No entanto, esta queda não é tão surpreendente quanto isso. Basta ver que o principal adversário de Clinton tem do seu lado uma das pessoas mais influentes dos EUA: Oprah Winfrey. Este apoio tem garantido a Obama milhares, ou mesmo milhões de votos.
Não deixa de ser irónico que a escolha do presidente da nação mais poderosa do Mundo esteja a ser influenciada por uma simples apresentadora de televisão. Seria o mesmo que a "nossa" Fátima Lopes fizesse campanha por Sócrates nas próximas legislativas.
Contudo, o poder de Oprah não tem qualquer comparação com qualquer Fátima Lopes. É importante lembrar que Oprah conseguiu que o livro "Guerra e Paz", de Tolstoi, fosse o mais vendido nos EUA durante várias semanas de 2005. E isto pelo simples facto de ela o ter recomendado no clube de leitura do seu talk-show.
Claro que Obama agradece (e muito o apoio de Oprah). No entanto, se fosse a ele, ficaria preocupado porque o protagonismo dela está a ofuscar os temas essenciais da campanha de Obama. Daquilo que vi até agora, penso que o discurso de Obama é um pouco vago e utópico. Faz sempre questão de definir grandes objectivos comuns, tentando agradar a todos, que o fazem parecer com aquelas pessoas que, no Ano Novo são questionadas com os desejos para esse ano e dizem sempre: "-Paz..!".
Mas com Oprah ao seu lado, Obama quase que poderia negar o Holocausto, que mesmo assim ganharia as eleições.
Quanto a Hillary Clinton, penso que colocou expectativas demasiado altas para si própria. Claro que tem a vantagem de ser mulher, o que atrai logo bastantes votos, mas parece-me ser uma pessoa muito "plástica" que, por ter estado na Casa Branca como Primeira-Dama, acha que tem logo o direito de voltar para lá enquanto Presidente.
Do outro lado da barricada, surpreendeu-me bastante a derrota de Giuliani. No entanto, penso que Romney e McCain constituem alternativas credíveis, embora não tão fortes como Giuliani.
Mas, como diz o ditado, a procissão ainda vai no adro. Resta esperar para ver...
ALENTEJO ALENTEJO!!
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