Depois da reunião de accionistas na semana passada, há quem já fale de pacificação no BCP.
Isso até pode ser verdade, mas não vejo ninguém a questionar as formas utilizadas para chegar a essa pacificação, quando isso deveria ser feito.
O grande problema em todo este processo tem um nome: Armando Vara. É certo que Santos Ferreira também é PS, mas ao mesmo tempo é uma pessoa com créditos firmados nas várias empresas por onde tem passado.
Agora, Armando Vara tem poucos créditos dados ao longo da sua carreira. Dá a ideia que a maioria das coisas que conseguiu foram obtidas com cunhas e não com méritos. Um pequeno exemplo ilustrativo: em 2005, Armando Vara foi nomeado para o Conselho de Administração da CGD. OK, isto aceita-se, a CGD é do Estado, ele tem boas relações com o 1º Ministro...parece estar tudo bem. De repente, surge um problema: parece que Armando Vara ainda não era licenciado, e para fazer parte do Conselho de Administração da CGD era necessário, no mínimo, uma licenciatura. Resolução do problema: diploma de licenciatura obtido na Universidade Independente.
O mais grave vem depois. Uma semana ou duas depois de se ter licenciado, entra directamente para o Conselho de Administração da CGD. Duvido que em Portugal tenha havido um recém-licenciado a encontrar um primeiro emprego como este.
Julgo que este exemplo mostra bem que por vezes os conhecimentos (vulgas cunhas) se sobrepõem ao mérito pessoal.
E depois de uma história destas, Armando Vara integra agora o Conselho de Administração do BCP. Nada mal, para quem concluiu a licenciatura há 3 anos..
Portanto, com toda esta escuridão à volta de Armando Vara, não me parece que o BCP esteja inteiramente pacificado. Até pode ser que internamente isso aconteça, dado o consenso gerado à volta de Santos Ferreira. No entanto, haverá sempre muitas reticências à volta de Armando Vara, que podem pôr em causa todo o trabalho levado a cabo por esta Administração.
ALENTEJO ALENTEJO!!
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