Já hoje falei aqui da Birmânia. Mas apetece-me escrever mais algumas linhas, porque estamos a assistir a algo inédito.
A Birmânia foi arrasada por um fortíssimo ciclone. A destruição é imensa, havendo sítios do País que estão totalmente submersos. De imediato (e como é habitual nestes casos), a comunidade internacional uniu-se e procurou ajudar a Birmânia, fechando momentaneamente os olhos a um regime opressivo e castrador das liberdades individuais.
E o que é que a Birmânia faz? Rejeita a ajuda, "faz-se cara", como se costuma dizer.
É esta atitude que eu não entendo. Como é que um país tão destruído pode ainda ser orgulhoso ao ponto de rejeitar a ajuda que lhes oferecem? De facto, é inacreditável.
Ao mesmo tempo, não entendo a atitude da comunidade internacional. Oferecem-se, organizam-se, juntam-se, para nada. Para serem rejeitados e verem os seus esforços serem ignorados. Quase que parece que é a comunidade internacional (e não a Birmânia), que sofreu um desastre natural e está a pedir ajuda.
Por fim, neste post cheio de dúvidas, uma certeza. Numa altura onde muitos não vêem (ou fingem não ver), a Igreja Católica tem tido um papel importantíssimo na escassa ajuda que já pôde ser dada à Birmânia. E acredito que, se realmente houver uma ajuda massiva à Birmânia, os créditos por essa negociação deverão também ser dados à Igreja, que tem mostrado nos últimos dias a razão porque é considerada uma das pedras basilares da diplomacia mundial (entre outros sectores).
ALENTEJO ALENTEJO!!
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