terça-feira, 27 de maio de 2008

Dr. Jekyll e Mr. Hyde

Não conheço o Governador do Banco de Portugal. Também não sou psicólogo. Mas não é difícil diagnosticar-lhe esquizofrenia.

Vítor Constâncio é uma espécie de Dr. Jekyll e Mr. Hyde. Quando o Governo não é da sua área política, é uma pessoa pessimista e sombria, que discorda do Governo em (quase) tudo, e que acha que uma eventual luz ao fundo do túnel não passa de uma miragem. Nestes casos, Constâncio dramatiza, revê previsões em baixa, antecipa recessões...enfim, faz, como se costuma dizer, "a vida negra" a quem governa.

No entanto, tudo muda quando Constâncio gosta do Governo. Pode até dizer-se que tudo se transforma num autêntico "mar de rosas", ou não fosse Constâncio um reconhecido socialista. Quando isto acontece, o Governo está sempre correcto, as medidas são sempre as mais acertadas, e não há uma luz ao fundo do túnel...ou melhor, nem sequer há um túnel.

É esta disparidade de critérios que não pode existir num homem que, desde que Portugal passou para o Euro, não tem mais do que uma função reguladora. E a regulação devia ser exercida de forma imparcial.

E já agora, uma questão: o cargo de Constâncio será vitalício?

Aditamento feito a 27/5/2008, às 15:35:

Finalmente, houve alguém que se manifestou contra a parcialidade de Vítor Constâncio.

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