Parece que a receita do IVA está a ser afectada pela diminuição da procura de combustíveis.
A mim, parece-me muito bem que isto aconteça. O Estado habituou-se a usar dois mercados para extorquir dinheiro aos consumidores: o do tabaco e o dos combustíveis.
Como são dois produtos que têm uma procura rígida, e de que muitas pessoas precisam, o Estado sempre se habituou a utilizar estes produtos como óptimas fontes de receitas ao longo dos anos. No caso do tabaco, as subidas de preço que derivam apenas de impostos ascendem aos 20% por ano.
Os combustíveis são, apesar de tudo, um mercado mais sensível, embora o Estado pratique a dupla tributação (IVA+ISP), e tenha uma golden-share no principal revendedor de combustível refinado (a Galp).
O problema é que tudo tem limites. E a paciência dos consumidores também tem limites. Chegou a altura onde o Estado tem de rever as suas prioridades, e pensar que os consumidores de combustíveis não têm de andar a pagar as asneiras do défice e outras megalomanias que se fizeram ao longo dos anos.
Os consumidores já estão a deixar de consumir. E o Estado? Quando é que baixa os impostos?
ALENTEJO ALENTEJO!!
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