Sábado passado, fez um ano que desapareceu Madeleine McCann, no Algarve. Mais uma vez, todos os jornalistas rumaram à célebre Praia da Luz, numa romaria informativa que, estou certo, se irá repetir durante alguns anos.
Em toda esta história, há um facto inegável: no caso Madeleine, todos falharam. Sejam portugueses,ingleses ou espanhóis, todos aqueles que tentaram resolver o caso têm falhado redondamente.
O grande problema é que há certas coisas onde não se pode falhar. E o desaparecimento de uma criança é uma dessas coisas. E quando se falha neste tipo de investigações, tem de se tirar consequências disso.
Não podemos fingir que nada aconteceu, e minimizar um eventual insucesso desta investigação, tal como o PGR fez ontem. Ainda por cima, utilizou uma desculpa digna de um miúdo de 10 anos. O facto de, no estrangeiro, haver muitas crianças a desaparecer sem que sejam encontradas não pode fazer com que a PJ se sinta menos culpada por não ter encontrado Maddie.
A pessoa mais culpada de todas é, sem dúvida, aquela que tirou Maddie aos pais. Mas, e tendo já passado um ano, os especialistas em investigação criminal também são culpados por não a conseguirem encontrar.
ALENTEJO ALENTEJO!!
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Há 3 anos
2 comentários:
Eu nem levo a mal à PJ não ter encontrado Maddie, mas quanto a não fazer ideia nenhuma do que se passou, isso é imperdoável. Só agora ao fim ed um ano pensam fazer uma reconstituição da noite do crime. Mas andam a ler a Agatha Christie e pensam que conseguem, como o Hercule Poirot, desvendar mistérios não sei quantos anos depois de ocorrerem? E persistirem na tese de assassinato quando aparentemente não há fundamento sificiente para essa tese, a que propósito veio isto? E, mesmo a ser verdade, tamém sem nenhuma ideia de como teria morrido e o que teria acontecido ao corpo.
Enfim, uma vergonha. E logo no tipo de crime, como diz, em que não se pode falhar.
Além disso, a atenção mediática que este caso levantou devia ter deixado a PJ de sobreaviso, levando-a a ter ainda mais cuidado com a investigação.
Mas não. E a imagem perfeita deste desacerto é aquela conferência de imprensa onde o Inspector da PJ, ao anunciar que tem documentos para distribuir aos jornalistas, é literalmente assaltado por eles. A cara dele, então, é qualquer coisa de extraordinário...
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