domingo, 2 de dezembro de 2007

A Venezuela e os porta-Chavéz

Vai haver na Venezuela um referendo importante, que, caso obtenha aprovação, irá alterar profundamente o sistema constitucional daquele país.
Um dos fervorosos apoiantes deste referendo é o presidente, Hugo Chavéz. Se o "sim" ao referendo vencer, Chavéz poderá recandidatar-se ao cargo de Presidente quantas vezes quiser, tendo já mostrado intenção de ficar no poder até 2050 (!).
Aquilo que mais confusão me faz é que a Venezuela, no plano internacional, não seja considerada uma ditadura. É sabido que a oposição na Venezuela é fortemente reprimida e que a liberdade de expressão não passa de uma miragem, portanto, dizer que a Venezuela é democrática é o mesmo do que dizer que no Iraque reina a paz e a segurança.
Lembro-me que há uns anos, na Áustria, o sr. Haider ganhou umas eleições legislativas. Na altura, todos condenaram a Áustria, dizendo que a extrema-direita estava no poder, quando aquilo que aconteceu foi apenas que o vencedor das eleições não foi o desejado pela comunidade Internacional.
No entanto, com a Venezuela, nada disto se passa. E porquê? Porque no poder está a extrema-esquerda, que nacionaliza o Banco Central e as produções de petróleo, que se quer eternizar no poder e reprimir os opositores.
Portanto, a comunidade internacional, ao não condenar esta tendência ditatorial do presidente da Venezuela, acaba por cair no seu bolso, seduzida pelo petróleo e não passando, afinal, de um mero "porta-Chavéz".

1 comentário:

Anónimo disse...

Porta-chavez genial