Já só faltam quinze dias para que entre em vigor a nova lei do tabaco. Já me pronunciei sobre ela num dos primeiros posts que aqui publiquei. De qualquer forma, o assunto é sério, e merece ser retomado e discutido.
Nos últimos dias, ao reflectir sobre esta lei, apercebi-me de mais um efeito censurável que ela irá ter. Esta lei viola as liberdades dos cidadãos e, para além disso, mostra um Estado paternalista. Ora, felizmente, ainda tenho pai e mãe, que me aconselham quando e se for necessário.
Portanto, não preciso que o Estado me diga o que é certo ou errado. Tenho discernimento para distinguir o que é bom e o que é mau e, quando falho, graças a Deus tenho pessoas que me conhecem e me corrigem.
No entanto, o Estado não pensa desta forma. Sócrates deve achar-se o "pai dos portugueses", e age como se de um pai se tratasse, zelando para que os seus filhos não se metam em maus caminhos. Contudo, esquece-se de uma coisa: um bom pai, em certas matérias, aconselha; não impõe. Um bom pai respeita a liberdade individual do seu próprio filho.
E não é isso que acontece. Sócrates quer os seus "filhos" vivos e saudáveis. Mas à força. À força da multa e da denúncia. Como já dizia alguém, hoje em dia é proibido morrer.
No entanto, este pseudo-pai esquece-se de alguns dos seus "filhos". Os presos. É incrível como é que podem proibir um fumador de acender um cigarro num restaurante, mas ao mesmo tempo distribuem seringas nas prisões para que os detidos se droguem com substâncias ilegais, que nunca deveriam circular dentro de uma prisão.
É caso para dizer: uns são filhos, outros são enteados...
ALENTEJO ALENTEJO!!
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