Ontem e hoje, tem sido noticiado o empréstimo contraído pela Câmara de Lisboa (CML), no valor de 400 milhões de Euros. Portanto, aquilo que aconteceu foi que os lisboetas deixaram o dr António Costa pedir uma brutalidade de dinheiro à banca.
E para quê? Para repavimentar algumas ruas de Lisboa? Para recuperar prédios degradados? Para dotar a Policia Municipal de melhores meios? Nada disso...
O empréstimo foi pedido, imagine-se, para pagar dívidas. 400 milhões de Euros (vários jackpots do Euromilhões), apenas para pagar dívidas de curto prazo da CML. Perante isto, apetece perguntar: mas como é possível um endividamento no valor de 400 milhões de Euros num munícipio?
E as respostas, infelizmente não surgem ou, quando surgem, são manifestamente irrelevantes.
Esta proposta foi discutida e aprovada pela Assembleia Municipal, tendo sido aprovada com os votos favoráveis do PS, abstenção do PSD e CDS e votos contra dos restantes partidos.
Mas o mais curioso de tudo isto é pensar que esta proposta acabou por ser uma solução "de recurso", visto que a intenção inicial da CML era a de contrair um empréstimo de 500 milhões de Euros.
Portanto, aquilo que ontem aconteceu na Assembleia Municipal foi um pouco como o que se passa nas feiras: o comerciante faz uma proposta e o cliente regateia, até atingir um valor que o satisfaça.
Aquilo que entristece é pensar que o futuro económico de uma cidade foi ontem posto em causa, com os nossos deputados municipais a revelarem o "cigano" dentro de si...
ALENTEJO ALENTEJO!!
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