Soube há pouco que os inspectores da ASAE vão fazer greve às horas extraordinárias. E isto porquê? Porque a ASAE impõe que eles cumpram horas extraordinárias num número superior ao permitido por lei.
Ou seja, a ASAE, na sua cruzada contra a gordura e a sujidade esquece-se de que aqueles que para ela trabalham continuam a ser homens. E que como tal têm direito ao seu descanso ou a ser remunerados pelas horas extra que dispensem ao serviço dessa causa.
Para além disto, é incrível como é que a ASAE, que implica tanto com coisas tão pequenas, deixa que dentro da sua própria organização existam irregularidades enormes como esta.
Esta recusa dos inspectores dá que pensar. Sobretudo, deve dar que pensar à própria ASAE. Porque se esta entidade não fosse tão picuinhas, e tão agarrada a uma legalidade surreal, talvez não tivesse de obrigar os seus inspectores a fazerem tantas horas extraordinárias.
Se calhar é tempo de pensar uma pouco e ponderar se não será melhor afrouxar estes critérios de Bruxelas.
E é preciso não esquecer que a ASAE cometeu uma ilegalidade grave. Mais grave até do que um restaurante não ter casa de banho, do que uma pessoa a vender bolas de berlim na praia (com creme e tudo!) e do que alguém que fabrique queijos artesanais e os venda numa feira. E o que é que a ASAE faz quando encontra essas ilegalidades consideradas graves?
Fecha o estabelecimento, retira licenças, multa, etc.
Agora impõe-se a questão: não há ninguém que feche a ASAE?
ALENTEJO ALENTEJO!!
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