domingo, 20 de abril de 2008

O (novo) PSD

Há alguns dias, escrevi aqui acerca do estado do PSD, e previ que seria provável que
Ângelo Correia retirasse o seu apoio a Menezes, deixando-o ainda mais sozinho e exposto na liderança do PSD.

Pois bem, devo admitir que me enganei. Afinal, saíram os dois, e o PSD voltou a mergulhar numa encruzilhada necessária, mas que pode prejudicar um eventual regresso ao poder já em 2009.

Obviamente que com a liderança de Menezes, o PSD nunca conseguiria derrotar Sócrates em 2009. Menezes foi o chamado erro de casting. Prometia muito quando fazia parte da borbulhagem interna, prometia ainda mais quando concorria à liderança mas, quando finalmente lá chegou, foi um autêntico flop, e danificou bastante a imagem do partido.

Mas a demissão de Menezes chegou tarde demais. Nesta altura, nenhuma das figuras principais do partido vai querer avançar, porque já falta pouco tempo para as eleições. Sendo assim, mais uma vez, o PSD vai ter de se contentar com uma figura de segunda linha, que irá fazer algumas mudanças, mas que não irá conseguir recuperar a imagem do partido de forma a ganhar as eleições do próximo ano.

Os grandes nomes de que se fala (Rui Rio, Manuela Ferreira Leite e Marcelo Rebelo de Sousa) não estão dispostos a abdicar do seu estatuto para arregaçar as mangas e tentar recuperar um partido feito em cacos. Em última análise, este esforço seria até infrutífero porque neste momento, o descrédito pelo PSD é tal, que seria preciso um esforço sobre-humano para inverter o rumo das coisas e tentar ganhar a Sócrates no próximo ano.

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