quarta-feira, 17 de junho de 2009

The End

Por manifesta falta de tempo para ir fazendo actualizações, e também por ter perdido a oportunidade de escrever vários textos em tempo útil acerca das Eleições Europeias, anuncio aos (poucos) visitantes que este blog chegou ao fim. Ou pelo menos, a uma pausa muito prolongada.

Foi óptimo ter mantido este espaço durante algum tempo, mas não tenho tempo para fazer deste blog um espaço relevante, com actualizações e opiniões diárias.

Até sempre.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Mitos urbanos

A GALP lançou um anúncio nas rádios sobre mitos urbanos. Segundo a empresa, uma pessoa que pensa que os combustíveis são todos iguais não passa de um perigoso idiota, e é necessário mudar a sua opinião quanto antes.

Vai daí, a GALP lança esta campanha, dizendo inclusivamente que os seus combustíveis reduzem...o consumo de combustível. Ou seja, a GALP vende uma gasolina tão boa, mas tão boa, que faz com que as pessoas possam gastar menos dinheiro em gasolina.

Há por aí alguém que faça uma campanha contra este novo mito urbano?

quarta-feira, 1 de abril de 2009

A minha mentira

Carlos Queiroz é o melhor seleccionador de futebol que Portugal já teve.

terça-feira, 31 de março de 2009

Freeport: muito mais que um outlet

O célebre caso Freeport enjoa-me. Estou farto de ligar a televisão e ver sempre as mesmas imagens do outlet, com bandeiras esvoaçantes numa harmonia aparente que, no plano ético e jurídico, nunca existiu.

A própria existência do Freeport espanta-me. De cada vez que o vejo (e da única vez que lá fui), interrogo-me como será possível que se tenha construído, no estuário do Tejo, um edifício tão megalómano e tão disforme perante a natureza que o envolve. Mais espanto me causa quando sei, por ter estudado, que a construção de algo que esteja dentro, ou até próximo de um local protegido é extremamente difícil e que, para ultrapassar essas dificuldades, este mesmo Governo criou os chamados PIN (Projectos de Interesse Nacional), que vêem a sua aprovação ambiental facilitada, caso sejam construídos em zonas sensíveis.

Portanto, o Freeport sempre me causou estranheza e, como português que sou, pensei logo que haveria alguém a meter dinheiro ao bolso com aquele licenciamento.

As minhas suspeitas confirmaram-se com o aparecimento do caso Freeport. Afinal, parece que houve mesmo subornos e dinheiros pagos "por fora" para que o Freeport pudesse ter as licenças de construção necessárias.

E o que mais custa (mais ainda do que ver um edifício feio mesmo em cima do rio) não é pensar que houve ilegalidades, porque desde a sua construção que tinha a certeza da sua existência. O que mais me custa é ver que os autores dessas ilegalidades, por estarem sentados lá bem no alto (talvez até numa cadeira no Palácio de S. Bento...) estão a tentar viciar a investigação, pressionando os órgãos competentes.

A meu ver, estas pressões merecem uma investigação muito mais séria e profunda do que o próprio caso Freeport. Porque este, mais cedo ou mais tarde, irá certamente ser arquivado, com a benção de S. Bento. Quanto às pressões, desde que as pessoas pressionadas resolvam falar, podem ser investigadas em profundidade, incriminando os seus autores, por forma a devolver aos portugueses a confiança na justiça e também para lhes garantir que, no Estado de Direito em que vivemos, a separação de poderes e a independência dos Tribunais (valores constitucionalmente consagrados) estão perfeitamente assegurados.

É preciso é que quem investigue as pressões não se deixe pressionar, e vá até ao fim, doa a quem doer.

terça-feira, 24 de março de 2009

A verdade sobre as arbitragens

Já que estamos em maré de futebol (e não escondendo, obviamente, que sou um sportinguista ferrenho - embora não faccioso), recomendo vivamente a leitura deste texto.

Afinal, parece que o episódio da Taça da Liga foi apenas mais um, nesta época de clara perseguição ao Sporting.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Vergonhoso



Eis a camisola que estava debaixo do uniforme do Sr. Lucílio.

Papa, preservativos e cartoons

Nesta sociedade da livre expressão, do livre pensamento e da livre opinião, foi confrangedor ver os maiores defensores de todas estas liberdades a caírem em cima do Papa pelas suas declarações acerca do preservativo.

Para estes acérrimos defensores da liberdade de opinião, parece que só é lícito defender opiniões que também por eles sejam partilhadas. Qualquer ideia que saia fora daquilo que eles entendem ser o "politicamente correcto" é imediatamente atacada, juntamente com a pessoa que teve a ousadia de a proferir.

Aquilo que o Papa disse está inteiramente correcto, quer religiosamente, quer cientificamente. Se um rapaz e uma rapariga nascerem hoje, se só se deitarem um com o outro e se praticarem a abstinência que a Igreja propõe, não há forma de nenhum deles contrair o vírus da SIDA. É absolutamente impossível.

O problema é que as pessoas que defendem fervorosamente o uso do preservativo para combater a SIDA em África demonstram apenas uma enorme falta de paciência e até algum preconceito. A ideia deles é ver os africanos como animais, que se deitam com tudo e todos e que, além disso, não podem ser ensinados a ter comportamentos saudáveis e, a meu ver, normais.

Porque quem defende o uso do preservativo para combater a SIDA é também apologista da promiscuidade, que leva depois aos comportamentos de risco. Como já disse acima, se duas pessoas saudáveis só se relacionarem entre si e não usarem o preservativo, não há qualquer hipótese de contrairem SIDA (excepto, obviamente, se tiverem o enorme azar de receberem sangue contaminado numa transfusão ou outros azares do género).

Claro que é muito mais fácil atirar-lhes os preservativos e deixá-los comportar-se como animais. Dá bastante menos trabalho dar ferramentas que os tornem imunes aos maus comportamentos do que mudar esses comportamentos. Além disso, há uma descrença nas capacidades de aprendizagem dos africanos, já que se supõe que eles não têm a capacidade para aprender a mudar as suas atitudes sexuais.

Por tudo isto, estou 100% de acordo com o Papa. E não entendo o porquê de tantos ataques, quando aquilo que o Papa defende é óbvio.

Outra questão, bastante mais grave, são os cartoons que por aí vão surgindo. É certo que quem os desenha só pretende ter alguma publicidade (e só abordo este tema porque este blog não tem muitos leitores porque, caso contrário, não iria contribuir com mais publicidade para estes senhores), mas também é óbvio o conteúdo ofensivo destes desenhos para todos os católicos.
Relativamente a estes cartoons, onde estão as condenações públicas dos desenhos e respectivos autores? Onde está o Dr. Freitas do Amaral a pedir desculpa aos católicos, tal como fez com os muçulmanos?

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Só os brancos são racistas

A falta de actualizações frequentes no blogue tem destas coisas. Descobri agora mesmo que ainda não escrevi uma única linha acerca do cartoon polémico, publicado nos EUA.

Além de remeter para este texto (que subscrevo inteiramente), há outros pontos que têm de ser focados.

Em primeiro lugar, esta forma moderna e encapotada de censura só existiu porque Obama é preto. E nós, brancos, somos racistas quando censuramos actos que, eventualmente, possam gozar com um preto. Isto porque pressupomos que os pretos, por serem coitadinhos, não podem ser gozados ou comparados com qualquer outra figura, em circunstâncias que não os discriminam pela cor da sua pele. Em suma, os que censuram estes cartoons e estas comparações é que são os verdadeiros racistas. Porque, se fosse um cartoon que gozasse com um branco, não se veriam os grupos anti-racismo a pronunciar-se, já que estes guardam apenas as suas intervenções para defenderem as outras raças, que, por esse facto, são automaticamente alvo de discriminação.

O outro ponto que gostaria de focar já não é racial, mas sim político. Será que Obama não pode ser gozado e criticado? Será que o seu messianismo atingiu tal ponto que qualquer um que goze com ele ou o critique leva imediatamente com o carimbo de racista, existindo uma censura prévia a qualquer tentativa de brincar com Barack Obama?

Pelos vistos, sim. A questão racial, que não foi usada com grande vigor por Obama na sua campanha, é agora utilizada para tornar Obama imune à crítica, impedindo mesmo que haja crítica, já que isso seria considerado racismo.

Gostava também de saber o que dizem estes partidários anti-racismo quando gozavam com Bush. Alguém os viu nas ruas quando Chávez disse que Bush era um ianque de merda? Alguém os viu em grandes manifestações quando Bush era comparado com todo e qualquer animal existente? Ou então, e fugindo um pouco ao tema, alguém os viu nas ruas em defesa dos brancos que eram expoliados de todos os seus bens no Zimbabwe, apenas e só por serem brancos?

Não. E porquê? Porque, pelos vistos, só os pretos podem ser alvo de racismo e discriminação.

É triste que assim seja.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Como resolver a crise

Depois de uma longa pausa, resolvi começar este post pelo título, coisa que julgo nunca ter feito. A minha primeira dúvida foi se o título deveria ser uma interrogação ou uma afirmação. Resolvi-me pela hipótese afirmativa, para manter algum postivismo, e para tentar pôr por escrito uma breve conversa que tive ontem. Recordo ainda, antes de começar, que as ideias que vou aqui deixar provêm de um leigo em matérias económicas.

A meu ver, a crise não surge apenas e só dos produtos tóxicos detidos pelos Bancos. A crise que atravessamos hoje surge, em termos muito simples, porque os americanos resolveram deixar de pagar a prestação das suas casas. Este simples facto, aliado à explosão da bolha do mercado imobiliário, deixou os Bancos com casas que de nada lhes serviam, mas que também não conseguiam ser vendidas, dada a falta de procura.

Com isto, os Bancos perdem tudo. Não só ficam sem o dinheiro que emprestaram, como ainda ficam nas mãos com uma casa que não resolve qualquer problema. Depois disto, o que é que os Bancos fazem? Deixam de emprestar dinheiro, seja a quem for. E, para o mal e para o bem, o que é certo é que sem crédito, não há sistema económico que funcione, e isso causou o colapso a que temos assistido.

Como me disseram ontem, "são tempos históricos". Infelizmente é verdade. Atravessamos tempos históricos de crise económica, financeira e social. E se nada for feito, esta crise não se resolve por si, num vulgar passe de magia.

Em primeiro lugar, e falando sobretudo no caso português, há que recuperar a confiança nas instituições e nas pessoas. Pode parecer um factor irrisório mas, como já escrevi há uns tempos, esta crise tem uma forte componente psicológica, que tem minado a confiança das pessoas, e é urgente recuperar essa confiança antes que seja demasiado tarde. Obviamente que a confiança se recupera não só com falinhas mansas, mas também (e sobretudo) com actos concretos. Assim, é necessário proceder-se a uma profunda reforma legislativa, com vista a alterar aspectos bizarros da regulação dos mercados, por forma a permitir que o mercado funcione verdadeiramente, e não seja viciado pela aplicação de regras inúteis e prejudiciais.

Ainda no que respeita às pessoas, é necessário mudar mentalidades. As pessoas têm de perceber de uma vez por todas o que é e para que serve o crédito. Têm de ganhar consciência de que é errado gastar-se mais do que se ganha para se ter uma televisão topo de gama, em vez de outro aparelho com dois ou três anos. É necessário ensinar a classe média/baixa que o crédito se paga com juros, e que não é possível ostentar-se riqueza sem se ser minimamente rico.

Por fim, é essencial que o Estado saiba até onde intervir. Com esta crise, o Estado tem-se sentido como um Deus, salvando tudo e todos à custa dos contribuintes. É necessário que alguns sectores e algumas empresas morram e fechem, para que surjam outras no seu lugar. É ainda preciso que o Estado, em vez de investir disparatadamente, seja criterioso nos seus projectos e pense, antes de construir mais 20 auto-estradas ou mais 20 barragens, que pode canalizar esse dinheiro para reduzir impostos, aliviando a generalidade da população e permitindo-lhes ter mais dinheiro disponível no final de cada mês, aumentando assim o consumo (e quem sabe, reduzindo o recurso ao crédito) e motorizando a economia rumo à recuperação.

A meu ver, são estes os passos essenciais que devem ser tomados. Haverá alguém com coragem para os dar?

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Evoluções...

A propósito de um post de ontem n' O Povo, é de recordar este quadro:

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Mapa-debate



Ideia retirada daqui

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

A assinar

Em reacção à vergonha descrita no post abaixo, corre agora uma petição online.

Desafio todos os leitores a assinarem a dita petição, que pode ser encontrada aqui.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Absolutamente inacreditável

A Assembleia Municipal de Lisboa recomendou hoje, numa moção do Bloco de Esquerda, a realização de um acordo de geminação entre a capital portuguesa e Gaza.A moção foi aprovada com a abstenção do PSD, PS e CDS-PP e os votos favoráveis do BE, PCP e PEV.

fonte: LUSA


Depois disto, o que virá? Será a geminação do Porto com Pyongyang? Coimbra com Harare?

Questão pertinente

Pergunto-me como se sentirão hoje os fãs de Obama. Hoje, as conversas fiadas de esperança, mudança e yes we can já não servem de nada. A partir de hoje, o pretenso novo Messias desceu verdadeiramente à terra. E os problemas que o Mundo tinha a 19 de Janeiro, com Bush na presidência,são exactamente os mesmos que tem a 21 de Janeiro, o primeiro dia oficial de Obama. Será ele capaz de pôr mãos à obra, ou preferirá cultivar a dormência dos seus concidadãos?

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Ingenuidade acima de tudo

É curioso ver como, em pleno século XXI, suposto auge da modernidade e do racionalismo puro, as pessoas são tão ingénuas. Mais curioso ainda é ver que isso sucede no país mais desenvolvido do Mundo, e que essa ingenuidade é seguida pelo "politicamente correcto" dos restantes países.

Tudo isto a respeito da tomada de posse de Obama, que representa a vitória do marketing na maior democracia do Mundo.

É engraçado ver como as pessoas acreditam piamente numa mudança radical e estrutural, apenas e só porque Obama chegou à Casa Branca. O facto de ele ter sido eleito é obviamente meritório, mas é ingénuo e infantil acreditar que ele, sozinho, mudará o Mundo.

Em primeiro lugar, isto não acontecerá porque Obama é humano. E, sendo humano, terá tendência para ceder a pressões, que são bastante frequentes nos EUA dado o poder dos diversos lobbies, que estão infiltrados nas entranhas do poder federal. É preciso, de uma vez por todas, fazer com que as pessoas percebam que Obama é, literalmente, como um coelhinho da Páscoa: apesar de escuro e apelativo por fora, é oco por dentro.

Depois, é importante não esquecer que, para Obama, o dia de amanhã representa o final oficial da sua campanha, e a sua entrada em funções terá expectativas altíssimas que dificilmente serão cumpridas. Isto porque, muitas vezes, Obama falou "da boca para fora". Veja-se, por exemplo, o caso do encerramento de Guantánamo, que era um dado consumado durante a campanha, mas que agora parece que não será bem assim...

Por tudo isto, julgo que é triste que a esmagadora maioria dos americanos e a maior parte dos media ocidentais depositem tantas esperanças num homem que pode vir a nada resolver. Já é tempo de as pessoas acordarem do transe "Obâmico" e entenderem que ele é apenas um homem, e que nem todo o Mundo o apoia e acredita na sua mudança.

Caso resolvam permanecer hipnotizados por Obama, muitos serão os que se irão sentir desiludidos e enganados. Vai uma aposta?

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Crise de confiança

Os cenários da afamada crise agravam-se de dia para dia. Agora, já se espera deflação e recessão, e sabe-se lá o que serão as previsões económicas dos próximos dias.

O Governo, com a habilidade propagandística a que nos tem habituado, teve mais uma jogada para não dar o braço a torcer, aprovando um inédito "Orçamento Suplementar", que nada tem que ver com um eventual "Orçamento Rectificativo".

O motivo para este retoque? O do costume: a crise internacional. A mesma que justifica tudo o que de mau acontece em Portugal e que, quando dá jeito, também é invocada pelo nosso chefe de Marketing (também conhecido como Primeiro-Ministro) para anunciar que os portugueses irão ver o seu poder de compra aumentado.

No entanto, e já que se falou de Orçamento, há uma coisa que me deixa perplexo. O Governo retocou-o porque, na altura em que fez o primeiro Orçamento , não se apercebeu dos reais impactos da crise. Ou seja, nós, humildes contribuintes, pagámos (e pagamos) a supostos experts do Ministério das Finanças para eles não conseguirem prever um evento que estava à vista de todos.

Além disso, estas falhas nas previsões deixam-me também preocupado. Perante o argumento de que não se aperceberam dos efeitos da crise, quem nos garante a nós que as medidas que tomam agora sejam as correctas? Quem nos garante que, no mundo económico não se passam certas coisas que deveriam ser tidas em conta pelos tais experts em Orçamentos?

Este é o grande problema. Estamos a depositar a confiança para emendar a situação nas mesmas pessoas que não conseguiram prever uma crise que era evidente até para um leigo.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

A entrevista

Acerca da entrevista de MFL à RTP, a questão central é só uma: MFL fez ou não fez uma plástica?

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Apoios de conveniência

19 de Abril de 2005:

«...críticas como as veiculadas pelo ex-presidente da República Mário Soares e pelo Nobel da Literatura José Saramago, que em declarações ao El Mundo considerou que com a eleição de Bento XVI, a "inquisição subiu ao poder".».

6 de Janeiro de 2008, artigo de opinião de Mário Soares no DN:

«...forneceu o pretexto a Israel, absolutamente desproporcional, como o Papa sublinhou, para um verdadeiro massacre sobre a Faixa de Gaza».

Conclusão: quando se trata de criticar Israel, Mário Soares apoia a Inquisição.