Ontem, o nosso primeiro-ministro referiu-se às medidas tomadas durante o seu mandato, apelidando-as de "ásperas" e "rudes".
Contudo, essas declarações não passam de mais uma jogada de marketing político. Uma tentativa de provar a hipotética sensibilidade do "animal feroz", que se comove com a dureza das medidas que teve de aplicar contra o seu próprio povo.
O problema é que até nisto Sócrates é mau. A sua propaganda e as suas jogadas oportunistas já se repetem tantas vezes que isto começa a soar a falso. Já alguém disse que Sócrates era demasiado plástico. Pois bem, a meu ver, ele não é só de plástico. É oco. Porque anuncia medidas grandes e extraordinárias, com pompa e circunstância, mas depois pouco ou quase nada muda em Portugal.
No fundo, Sócrates é quase como uma matrioska. Desdobra-se em várias personalidades (sensível, duro, homem de Estado), mas todas elas são ocas. E além de ocas, são cada vez mais pequenas e mais insignificantes.
Aquilo que Sócrates tem de perceber é que não governa um povo de parvos. Todos nós (ou quase todos...) já nos apercebemos que, para o primeiro-ministro, aquilo que conta é a forma como as medidas são publicitadas, e não o seu conteúdo.
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