segunda-feira, 10 de março de 2008

Eleições em 2009

Estamos a mais ou menos um ano das eleições. O Governo PS tem sido desastroso mas, no entanto, todas as sondagens lhe dão a vitória nas eleições. Isto acontece porque não há alternativas credíveis na oposição.

O PSD, que teria maior probabilidade de derrotar Sócrates, está profundamente dividido em guerras e questiúnculas internas. Já se percebeu que Menezes, por muita boa vontade que tenha, não tem mão num partido que precisa de mão de ferro para chegar a algum lado. A alteração de alguns regulamentos internos mostrou bem o descontrolo a que chegou esta direcção, que é contestada por grandes figuras do partido, incluindo Alberto João Jardim, que habitualmente não interfere na gestão corrente do PSD do continente.

O PP está de rastos. Paulo Portas voltou cedo demais e, acima de tudo, voltou antes de o seu discurso voltar a ser convincente. No entanto, há que lhe dar algum mérito, visto que a única oposição parlamentar que é feita ao Governo vem da bancada do PP. A questão de um hipotético favorecimento na concessão do Casino Lisboa danificou gravemente a imagem do partido, que tem caído vertiginosamente nas sondagens.

No que respeita aos outros partidos, considero que não querem fazer uma oposição clara a Sócrates, com intuitos governativos. O PCP, se não tiver ninguém contra quem lutar, morre e o BE, se algum dia chegar ao Governo (o que esperemos que nunca aconteça), irá sair no momento imediatamente a seguir, porque perceberá que governar é bem mais difícil do que ser contra tudo.

Em suma, é este o panorama político que temos. Pelo estado em que as coisas estão, é altamente provável que Sócrates e o PS ganhem as eleições de 2009. No entanto, não ganham por mérito seu, mas apenas por falta de alternativas.

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