Nos últimos tempos, estão na moda os estudos. Qualquer passo que se dê, para que seja minimamente credível, deve vir suportado por um estudo que o defenda. Caso contrário, não passa de uma estupidez.
É óbvio que há certas decisões que têm de ser pensadas para que os seus resultados sejam os pretendidos. Mas por vezes, nota-se que a urgência em pedir estudos atrás de estudos tem como única consequência o adiar de decisões que deveriam ser imediatamente tomadas.
Hoje em dia, fazer um estudo é o supra-sumo da intelectualidade. É necessário fazer-se uma estrada? Faça-se o estudo. O estudo demora um ano e é urgente construir esta estrada? Paciência.
Infelizmente, isto levanta outro problema. Os estudos, para serem tidos em conta, têm de ser feitos por entidades independentes, que cobram um preço elevado para elaborar o estudo. Graças à proliferação de estudos para toda e qualquer decisão, gastamos milhões a financiar entidades que estudam soluções que poderiam ser tomadas apenas com bom senso. Ou, por outro lado, pagamos a essas entidades, e depois encomendamos-lhes estudos e mais estudos, porque entretanto surgem novas soluções.
Um caso paradigmático é o TGV. Fala-se de TGV em Portugal há cerca de 10 anos. Pelo menos há 8 anos há uma entidade (internacional, julgo eu), que está a fazer estudos acerca dos locais onde o comboio deve passar. E estes estudos prolongam-se por duas razões: em primeiro lugar, porque ainda ninguém decidiu coisa alguma e em segundo lugar porque cada vez se vão lembrando de mais sítios por onde o comboio pode passar.
E entretanto, por não termos capacidade de tomar uma decisão definitiva, vamos estudando...
ALENTEJO ALENTEJO!!
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