quarta-feira, 14 de maio de 2008

Ainda sobre as passas de Sócrates

Sócrates ia num avião e fumou. Não me interessa se fumou 1 cigarro, um maço inteiro ou se deu apenas uma passa. Sócrates fumou. Ponto final.

É inegável que Sócrates conhecia a lei, já que foi o seu Governo que a aprovou no meio de uma enorme polémica. Ainda que não a conhecesse, isso não era desculpa, visto que o desconhecimento da lei não é desculpa para o seu não cumprimento. E isso Sócrates tem obrigação de saber.

O que mais choca no meio de tudo isto é ter sido o próprio Sócrates a violar a lei. O homem inflexível, sem vícios e dependências, vê-se fechado num avião e tudo muda. Qual será a moralidade que Sócrates terá de hoje em diante para incentivar ao cumprimento da lei do Tabaco? Como é que ele vai poder pedir aos portugueses que respeitem uma lei que ele violou de forma flagrante?

No mínimo, Sócrates deveria assumir o erro e pedir desculpa. Não lhe ficava mal. Mas, obviamente, ele não o irá fazer, preferindo com certeza dizer que notícias como esta fazem parte de uma cabala do jornal PÚBLICO contra si, que já vem desde o tempo da suposta licenciatura na Universidade Independente.

É esta falta de carácter (misturada com uma dualidade de critérios) que faz com que eu não suporte Sócrates. Em certos momentos, Sócrates é o expoente máximo da defesa do cumprimento das leis. Quando lhe convém fura as leis e fica dependente de ervas embrulhadas em papel.

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