Nesta sociedade da livre expressão, do livre pensamento e da livre opinião, foi confrangedor ver os maiores defensores de todas estas liberdades a caírem em cima do Papa pelas suas declarações acerca do preservativo.
Para estes acérrimos defensores da liberdade de opinião, parece que só é lícito defender opiniões que também por eles sejam partilhadas. Qualquer ideia que saia fora daquilo que eles entendem ser o "politicamente correcto" é imediatamente atacada, juntamente com a pessoa que teve a ousadia de a proferir.
Aquilo que o Papa disse está inteiramente correcto, quer religiosamente, quer cientificamente. Se um rapaz e uma rapariga nascerem hoje, se só se deitarem um com o outro e se praticarem a abstinência que a Igreja propõe, não há forma de nenhum deles contrair o vírus da SIDA. É absolutamente impossível.
O problema é que as pessoas que defendem fervorosamente o uso do preservativo para combater a SIDA em África demonstram apenas uma enorme falta de paciência e até algum preconceito. A ideia deles é ver os africanos como animais, que se deitam com tudo e todos e que, além disso, não podem ser ensinados a ter comportamentos saudáveis e, a meu ver, normais.
Porque quem defende o uso do preservativo para combater a SIDA é também apologista da promiscuidade, que leva depois aos comportamentos de risco. Como já disse acima, se duas pessoas saudáveis só se relacionarem entre si e não usarem o preservativo, não há qualquer hipótese de contrairem SIDA (excepto, obviamente, se tiverem o enorme azar de receberem sangue contaminado numa transfusão ou outros azares do género).
Claro que é muito mais fácil atirar-lhes os preservativos e deixá-los comportar-se como animais. Dá bastante menos trabalho dar ferramentas que os tornem imunes aos maus comportamentos do que mudar esses comportamentos. Além disso, há uma descrença nas capacidades de aprendizagem dos africanos, já que se supõe que eles não têm a capacidade para aprender a mudar as suas atitudes sexuais.
Por tudo isto, estou 100% de acordo com o Papa. E não entendo o porquê de tantos ataques, quando aquilo que o Papa defende é óbvio.
Outra questão, bastante mais grave, são os cartoons que por aí vão surgindo. É certo que quem os desenha só pretende ter alguma publicidade (e só abordo este tema porque este blog não tem muitos leitores porque, caso contrário, não iria contribuir com mais publicidade para estes senhores), mas também é óbvio o conteúdo ofensivo destes desenhos para todos os católicos.
Relativamente a estes cartoons, onde estão as condenações públicas dos desenhos e respectivos autores? Onde está o Dr. Freitas do Amaral a pedir desculpa aos católicos, tal como fez com os muçulmanos?