quinta-feira, 5 de junho de 2008

Balanço da manifestação

Por motivos profissionais, tive hoje oportunidade de "assistir" ao princípio da manifestação da CGTP em Lisboa, no Marquês de Pombal.

Por muita concentração que se tenha enquanto se trabalha, foi para mim inevitável tirar as seguintes conclusões:

1 - A maioria dos manifestantes eram alentejanos
2 - A esmagadora maioria dos manifestantes não sabe bem o que lá está a fazer. Com efeito, antes de entrar para o prédio onde estava, ouvi um manifestante a perguntar a outro: "Olha lá, este cartaz é para ir ou não?" O outro responde: "Não sei. Leva na mesma para parecerem muitos."
3 - Havia vários manifestantes de muletas, o que significa que podem estar de baixa para não trabalharem, mas que o facto de estarem de muletas não os impede de faltar a uma "patuscada" destas
4 - Os slogans são os mesmos desde há 30 anos, e os homens dos megafones também. Além de me terem proporcionado um concerto de "Grândola Vila Morena" (a música repetiu TODA, pelo menos 20 vezes), ouviram-se os clássicos "CGTP unidade sindical" e "A luta continua", o mais recente "Mentiroso!" e o (para mim) novo "O custo de vida aumenta mas os bolsos não alargam", entre muitos outros
5 - Apesar de o direito de manifestação ser muito bonito, esta manifestação arruinou-me uma tarde de trabalho. Que os manifestantes não trabalhem e saiam para a rua, muito bem. Agora é inadmissível fazerem aquela barulheira infernal, durante quase duas horas, prejudicando todas as pessoas que tentam trabalhar na zona da Av. Fontes Pereira de Melo e do Marquês.

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