A crise que sofremos hoje tem alterado alguns paradigmas que, até há pouco tempo, se mantinham sólidos e quase inquestionáveis.
Por exemplo, num contrato de crédito, sempre se supôs, e sempre se disse que a parte mais forte é a entidade credora, enquanto que o devedor surge como a parte mais fraca, merecendo a maior protecção legal possível.
No entanto, nesta crise, os devedores passaram a ser a parte mais forte. Basta ver que conseguiram fazer com que as entidades que lhes emprestaram o dinheiro falissem, apenas e só porque os devedores não lhes pagaram.
E isto não deixa de ser irónico.
Apesar de haver algum fundo de verdade quando se diz que os Bancos exploram os seus clientes na concessão de crédito, julgo que esta crise mostra bem como esse paradigma se inverteu. Bastou que os vários devedores se unissem inconscientemente e incumprissem em massa com as suas obrigações para com os Bancos.
Provavelmente, esta crise irá trazer grandes modificações na concessão de crédito, que se irá tornar mais rigorosa, dada a desorientação neste ramo da actividade bancária, como já disse aqui. Irá acabar a era do crédito fácil, e os Bancos passarão a fazer análises de risco bastante mais rigorosas.
Contudo, não podemos dizer que será o fim do crédito, porque não são só os clientes dos Bancos que precisam de crédito. Os próprios Bancos necessitam de conceder crédito, pois essa é uma das formas mais importantes de aplicarem o dinheiro que recebem, e de ainda lucrarem com isso.
ALENTEJO ALENTEJO!!
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